O ano novo começa e traz consigo novas esperanças. Esperanças de mudanças, renovações, novos ideais, objetivos, um novo posicionamento do homem enquanto agente responsável pelas alterações que ocorrem no planeta.
Com o aumento da densidade demográfica, é natural que a exploração ocorra na mesma escala. Contudo, o que realmente pesa é a forma como se dá essa exploração, baseada única e exclusivamente na manutenção das atividades produtivas e econômicas do homem, e nunca, quase nunca, em alternativas que possam de alguma maneira compensar toda essa devastação.
As conseqüências vão desde a perda da biodiversidade e degradação do solo, até as violentas alterações climáticas vivenciadas nas mais variadas regiões do planeta. O furacão Katrina, que vitimou mais de mil pessoas nos EUA, e o tsunami, que lança ondas gigantes sobre a costa, são como retaliações da natureza aos abusos cometidos pela ambição humana.
Aqui no Brasil, temporais caíram sobre Santa Catarina, São Paulo e continua fazendo estragos na região metropolitana de Belo Horizonte.A nova administração da maior nação do planeta, capitaneada pelo democrata Barack Obama, parece reacender as esperanças de que o senso ecológico se sobreponha à fúria capitalista.
O ex-senador prometeu colocar os EUA na luta contra o aquecimento global, mesmo sabendo que, com a economia agonizante, sofrerá pressões de toda ordem se pensar em diminuir a capacidade produtiva do país; seja por imposições de ambientalistas ou mesmo pela necessidade de adotar um posicionamento definitivo em relação ao Protocolo de Kyoto.
O mundo espera muito de Obama, mas faz-se necessário uma conscientização coletiva para tentar diminuir os impactos da ação humana na natureza. No entanto, o maior obstáculo é conseguir chegar numa política climática internacional consistente, unificada e que esteja acima de qualquer interesse particular.