* O valor intrínseco do indivíduo, composto pelo seu caráter e personalidade é facilmente substituído pela beleza perecível, passageira, aquela que inevitavelmente se desgasta com a ação do tempo.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Pleito de 2010 começa a ganhar forma


Faltam pouco mais de 14 meses para as eleições de 2010, mas o cenário político baiano começa a ser desenhado. Digo isso porque muito do que despontará após a convenção dos partidos, ano que vem, já pode ser vislumbrado hoje. Ora, a tentativa de reeleição de Jaques Wagner é mais do que certa. Com um governo de meias medidas até então, o petista mantém a desfaçatez que o elegeu surpreendentemente contra Paulo Souto, e de quebra, vai se recostar na popularidade e simpatia do nosso presidente. Mais uma vez.

Por outro lado, um concorrente muito forte começa a se apresentar como grande ameaça no pleito de 2010. O peemedebista Geddel Vieira Lima, braço direito, perna, mão e tudo mais que se tem de direito, do prefeito João Henrique, demonstra que vem com tudo para tentar surpreender e fazer história na atual conjuntura política do estado. Com forte influência no Congresso Nacional, após sucessivos mandatos como deputado estadual e federal, e agora como Ministro da Integração, Geddel demonstra que possui norral suficiente para tomar a poltrona do então governador Jaques Wagner.

Correndo por fora, penso que o DEM não chegará com força nas próximas eleições. De certo, creio que nem há um nome com representatividade para defender a bandeira do partido, nem tampouco o próprio partido conseguiu manter o poderio estratégico do antigo PFL, capitaneado pelo já falecido, mas não menos influente, Antônio Carlos Magalhães.

Existe ainda o PSDB, do ex-prefeito Antônio Imbassahy. Com boa arrancada nas últimas eleições para prefeitura de Salvador, caiu em desgraça no meado da campanha, quando seus adversários resolveram evidenciar que muito pouco foi feito nos seus oito anos de mandato. Ora, o cara teve quase uma década para resolver, porque dar-lhe uma nova chance? Tudo bem, quem sabe um dia, pensou os eleitores. Mas não agora. Esse parece está bem desgastado para tentar a sorte novamente. Deve esperar mais um pouco.

Independente do que se configura como certo para as eleições do ano que vem, o mais importante é que o eleitorado baiano mantenha a curva ascendente de percepção dos fatos. Vencemos uma hegemonia que perdurava há mais de quarenta anos e a expectativa é de que a população entenda o seu papel reacionário, numa democracia onde o coronelismo cravou suas amarras. Nem mesmo nosso aeroporto escapou. Até 2010.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Insatisfação geral na polícia científica baiana


Os peritos criminalistas do estado da Bahia reclamam da negligência do poder público, no que tange a valorização de suas atividades. A falta de pessoal, excesso de trabalho, remuneração inadequada e equipamentos obsoletos, são as principais queixas. O resultado é a desmotivação da categoria e um sério comprometimento da qualidade dos serviços prestados à sociedade.

O trabalho do perito criminalista dá um suporte inestimável às polícias civil e militar, devendo, por essa razão, ser mais valorizado. A partir da análise científica, é possível fornecer a prova cabal, aquela que municia a justiça com informações indispensáveis para a elucidação das ocorrências. Hoje, além do que já foi citado, faltam veículos para o armazenamento dos cadáveres, suporte tecnológico, cursos de aperfeiçoamento e etc.

Os peritos criminalistas são profissionais de extrema relevância social. Elucidam tragédias diversas, como desmoronamentos, incêndios, explosões, arrombamentos, acidentes de trânsito, etc. Para que este valioso trabalho seja realizado dentro dos padrões exigidos, faz-se necessário a captação de recursos para o treinamento de novos profissionais, compra de veículos e equipamentos e ajuste do piso salarial.
Apesar do brilhante papel que exercem no cotidiano, o crime parece está cada vez mais sofisticado. Cabe às nossas autoridades impedir que a criminalidade avance ainda mais e se sobreponha à atuação da polícia científica.

sábado, 1 de agosto de 2009

Eles vão ter que nos engolir


O Supremo Tribunal Federal decidiu pela cassação do diploma de Jornalismo. Muito foi discutido sobre a legitimidade e o papel da profissão, numa estrutura de comunicação onde os Faustões e Ana Marias emitem, sorrateiramente, opinião para milhões de telespectadores.

O relator da matéria, Gilmar Mendes, e os ministros (ministros uma ova – bandidos de colarinho branco) Carmen Lúcia, Ricardo Lewandowski, Eros Grau, Carlos Ayres Britto, Cezar Peluzo, Ellen Gracie e Celso Melo, votaram pelo fim da exigência do certificado. Nós, estudantes e profissionais de Jornalismo, temos a obrigação de gravar bem esses nomes.

A decisão descarta a necessidade de se aprender as inúmeras técnicas de entrevista, edição de textos e o que deve ou não ganhar notoriedade nos veículos de comunicação. A exigência do nível superior mantém a credibilidade da profissão e garante segurança jurídica a todo e qualquer indivíduo que se sentir lesado por uma publicação do ramo.

Vergonhosa a decisão do Supremo, mas nós, que amamos o Jornalismo, vamos lutar por nossa dignidade e pelo exercício de valores éticos, melhor absorvidos nas salas de aula. E, claro, numa questão de HONRA, nos diferenciar dos oportunistas não-diplomados espalhados por aí.

TODOS PELO JORNALISMO SÉRIO E FACTUAL!