* O valor intrínseco do indivíduo, composto pelo seu caráter e personalidade é facilmente substituído pela beleza perecível, passageira, aquela que inevitavelmente se desgasta com a ação do tempo.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

A gripe suína e o vírus mídia


A gripe suína foi alardeada em todo o planeta pela mídia e por supostos especialistas no assunto. No entanto, existem fatos escusos que precisam ser trazidos à tona:

- Pouco se falou, mas os primeiros casos da gripe foram detectados na Granja Caroll, localizada no México, uma das maiores criadoras de rebanho suíno do mundo.
- Com a instalação do pânico no imaginário da comunidade global, eis que surge uma nova droga, o medicamento TAMIFLU.

- O curioso é que as empresas detentoras da patente e dos direitos para comercialização do TAMIFLU são o laboratório ROCHE e a empresa Gilead Sciences. Coincidência ou não, o chefão da Gilead é nada menos que Donald Rumsfeld, ex-secretário de defesa do governo Bush, um dos mentores da invasão no Iraque.

- Em 2005, quando a mídia divulgava com estardalhaço (assim como agora com a gripe suína) o alastramento da gripe aviária, a administração da guerra ordenou a vacinação imediata de todos os soldados, custeando 1 bilhão de dólares em doses do remédio (o mesmo TAMIFLU).

- O Rumsfeld diretor presidente da Gilead agradece ao Rumsfeld secretário de defesa. Um escândalo deste naipe obviamente passou despercebido pela mídia; para se ter idéia, estima-se que a gripe comum mate aproximadamente 500 pessoas por ano, contra apenas 257 da gripe aviária.

- Fiquemos atentos, pois a espetacularização midiática parece está, mais uma vez, de mãos dadas com os interesses de determinados grupos.

O verdadeiro golpe em Honduras


• Pesquisas comprovaram que Honduras tem muito petróleo. O presidente deposto Manoel Zelaya acionou judicialmente empresas estadunidenses que vendiam petróleo caro para seu país e instituiu que os recursos naturais de Honduras não poderiam ser entregues sem que houvesse a garantia do chamado lucro real.

• Um grupo comandado por Dick Cheney, ex-vice-presidente dos EUA, se interessa fundamentalmente pelo petróleo local (suspeita-se que ele tenha dado apoio logístico – financeiro para sustentar o golpe).

• A imagem transpassada pela mídia sobre a crise política em Honduras é que deveria ser encarada com um verdadeiro golpe. Muito tem se falado sobre o afastamento de Zelaya, mas nada se aproxima da conspiração que há em torno da crise. Mantê-lo no poder era dá alguma soberania para que Honduras tivesse relativo controle do seu petróleo. E esse projeto é de autoria do presidente deposto.

• Por outro lado, estima-se ainda que uma nova constituição, com o advento deste projeto, promoveria a distribuição igualitária do espectro radioelétrico, garantindo a participação dos grupos comunitários, afetando diretamente os donos dos veículos de comunicação.

sábado, 28 de novembro de 2009

Para o povo: pão, circo, parquinho e “tome obra”!


*** A importância dos espaços públicos de lazer e a malandragem eleitoreira


As municipalidades abraçaram a necessidade de destinar parte dos seus recursos para a construção e manutenção de espaços públicos de interação social, como pequenas praças que integram parquinhos, quadras poli esportivas, assentos e equipamentos voltados para atividade física. Os altos índices de violência e o avanço ininterrupto do submundo das drogas, apenas reforçam a importância de um quadro espacial agradável, desafogado e que amadureça a convivência entre os cidadãos.

Esses espaços têm surgido com mais força nos últimos anos e podem ser considerados como redutos de sociabilização, uma vez que são abertos para todos, representando valores urbanos indispensáveis, como a liberdade e o espírito de cidadania.

São, ainda, locais onde os cidadãos buscam estar em unidade com a sua vizinhança, seu bairro, a sua rua. Simbolicamente, devolvem a cidade aos seus habitantes e servem de instrumento para a elaboração de alternativas que melhorem a freqüência e a qualidade de vida nos mais variados pólos de moradia.

PS: Infelizmente, a construção de praças e parquinhos, assim como a cobertura de canais, contenção de encostas e operações relâmpago tapa buracos, são as chamadas obras eleitoreiras. Todo ano véspera de eleição é assim. Para o povo: pão, circo e obra.

“E tome obra"!!!

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Futuros jornalistas na bronca


Os estudantes do curso de Jornalismo da UNIME-PARALELA vêm sofrendo com o histórico de descaso por parte da coordenação acadêmica e diretoria da universidade.

Falta estrutura física para a implantação dos laboratórios de rádio e TV, assim como máquinas fotográficas, câmeras de filmagem e demais equipamentos. Mais agravante ainda é a maneira como toda essa má vontade com o curso tem sido escancarada; deficitário, pouco atrativo e economicamente inviável. São um dos poucos adjetivos que compõe a triste fábula do patinho feio da UNIME.

Vale ressaltar ainda a vergonhosa limitação de equipamentos básicos como data show, ar condicionado, caixas de som, computadores e etc. Sim, são deficiências que afetam aos estudantes de todo o campus, mas, diga-se de passagem, já ultrapassamos o nosso coeficiente de saturação.

Ansiamos por um verdadeiro choque de gestão, pois o que está em jogo é o nosso futuro. Investimos muito do nosso tempo e a maioria precisa economizar bastante para conseguir manter seus estudos.

Não se trata apenas de um vínculo meramente mercadológico. Estamos numa universidade e é dentro dela que serão desenvolvidas as ferramentas necessárias para a construção de um diálogo sadio e, acima de tudo, contundente.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Caetano Manso – Veloso Bravo


O nosso querido Caetano Veloso, um dos maiores artistas da MPB, costuma causar espanto pelo talento inigualável, mesclando composições de primeiro naipe e a afinação vocal. No entanto, resolveu deixar de lado o seu brilhantismo, para causar polêmica ao afirmar que o presidente Lula é “analfabeto, grosseiro e cafona”. As doces afirmações foram dadas ao jornal Estado de São Paulo, no momento em que concedia uma longa entrevista.

Pela vasta vivência e valendo-se do senso crítico que possui, penso que Caetano tem “bagagem” suficiente para criticar o que quer que seja. Porém, em se tratando de uma autoridade política, nada menos que o Presidente da República, ele deveria maneirar um pouco nas palavras.

As críticas foram condicionadas à pessoalidade, provocando muita repercussão e até mesmo revolta em alguns setores. Uma coisa é se queixar de mais um projeto político que não consegue reverter o triste quadro de pobreza e miséria que impera nesse país. Outra, completamente diferente, é atentar contra o moral e expor uma determinada pessoa ao ridículo. No caso do nosso presidente, uma das muitas personalidades conhecidas em todo o mundo, o fato ganhou proporções ainda maiores.

Caetano foi infeliz em suas colocações, muito distante da mansuetude que lhe é costumeira. Uma bela trajetória artística não pode ser ofuscada por atitudes impensadas e muito menos por uma severa dor de cotovelo que deve está tirando o seu sono. Lula está nos braços do povo, Veloso. E o povo tem poder. Lembre-se disso.

domingo, 18 de outubro de 2009

Salário vitalício? Nós também queremos!


O dia das bruxas ainda não chegou, mas o saudoso presidente da Assembléia Legislativa da Bahia, Marcelo Nilo, resolveu deixar a população baiana com os cabelos em pé. O deputado é autor da bisonha Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que “sugere” (me poupe) salário vitalício aos ex-governadores que tenham cumprido metade do mandato.

Parece clichê. Em todos os textos que escrevo, muitos devem alardear: esse cara volta e meia critica o sistema de saúde pública, a segurança, a moradia, os transportes, enfim, é sempre a mesma alegação de caos, repetitivo, enfadonho. Tudo bem (chupem essa manga) até eu mesmo reconheço que já passou a hora de adotar uma nova postura, bem mais otimista pombas! O país está em franca evolução (é o que dizem as estatísticas oficiais – não garanto nada). Sediaremos jogos olímpicos, copa do mundo, exportamos cada vez mais, a auto-estima cresce ano após ano... Mas... Quando tudo parece flores, esse deputado DEMENTE, eleito por nós, resolve fazer piada.

Senhores e senhoras. Para que diabos um Jacques Wagner da vida (ou quase morte – política, claro) deve se beneficiar de um salário de R$ 12.000,00 mensais (com direito a segurança e secretária, diga-se, de passagem)? Sem falar do Paulo Souto, César Borges, João Durval, ACM (ÔPA)! Esse não morreu? E quem disse que no inferno paga-se bons salários? Ajuda de custo gente...

Faça-me uma garapa Nilo. Deputadozinho mixuruca! Que tipo de benefício espera sua pessoa? Essa proposta ridícula deve tá rendendo doces frutos à sua cesta natalina. As eleições estão chegando e o eleitorado baiano deve dá a resposta nas urnas. Pelo menos EU, repetitivo, enfadonho e pouco otimista, prometo não esquecer.

“Vamos celebrar a estupidez humana”

sábado, 26 de setembro de 2009

Um inconveniente militar


Após a descoberta das camadas de pré-sal, o que possibilitará ao Brasil dá um salto entre os maiores exploradores de petróleo do planeta, todas as atenções parecem está voltadas à proteção deste novo recurso. Com esta premissa, o governo iniciou as negociações para compra de 36 caças supersônicos, cinco submarinos e 50 helicópteros. Algo em torno de 30 bilhões de reais. Um verdadeiro espanto!

O anúncio da compra dos caças franceses tem gerado turbulências supersônicas ao governo brasileiro. Aquisições desta natureza são passíveis de livre concorrência entre outros fabricantes, o que, supostamente, havia sido descartado pela boa relação diplomática entre o presidente francês, Nicolas Sarkozy, e Lula. Suecos e americanos comemoram o impasse e esperam arrematar a bagatela de alguns milhões em dinheiro vivo e de outros tantos ocasionados pela geração de empregos. Sem dúvida alguma, um ótimo negócio.

Existem alguns pontos relevantes a se discutir. Primeiro: É justo o governo anunciar a compra dos caças RAFALE, da França, antes mesmo da conclusão das análises técnicas pertinentes ao negócio? Como saber as vantagens e desvantagens de cada modelo? Por que não montar uma licitação para eleger, de forma justa e igualitária, o mais apropriado, na famosa relação custo-benefício? Sem falar daquilo que é o mais importante nesse “espetáculo circense militar”, a transferência de tecnologia. Temos aí interrogações do tamanho da “burrocracia” brasileira.

Penso que é realmente necessário a otimização do nosso aparato militar. O Brasil possui riquezas únicas como a Amazônia, com seus imensos rios, florestas e outra infinidade de espécies de animais. De quebra, e para nossa felicidade, surgem também as camadas de pré-sal, uma valiosa descoberta para o país. Entretanto, numa nação onde os índices de desigualdade social são alarmantes, a educação é mais que deficitária, o sistema público de saúde agoniza e a insegurança reside na vizinhança de pobres e ricos, temos muitas outras prioridades.

As fontes de riquezas (dindim mesmo) do Brasil vão muito além do que podemos imaginar. Como aplicar toda a grana arrecadada com a exacerbada cobrança de impostos? Bem, aí é uma questão de conveniência.

Nocautearam o campeão



O ex-campeão mundial de boxe, Acelino Popó de Freitas, o nosso Popó, prestou esclarecimentos à polícia. No dia 09 de setembro, o boxeador teria sido o mandante do assassinato de Moisés Magalhães Pinheiro, amigo do namorado de sua sobrinha, que conseguiu escapar antes de ser executado.

O campeão nega envolvimento no caso e se diz injustiçado pela mídia, quase sempre imediatista e, em muitos casos, pouco afeita à realidade factual.

O que existe de concreto é que Pópo foi buscar a sobrinha na residência do namorado, uma vez que a família clamava pela separação dos dois. Segundo informações da polícia, Jonatas dos Santos Dantas, possui passagem por receptação de veículo roubado. Onde essa menina foi se meter?

As investigações vão continuar e a esperança é que os acusados sejam apontados pela polícia. Contudo, penso que Popó cometeu um grande erro. Sem entrar, obviamente, na onda dos oportunistas, que o acusam sem provas concretas. Ele se envolveu numa trama bizarra, plenamente capaz de desestruturar os pilares emocionas da família e os seus também.

A garota, apesar de ser menor, tem consciência dos atos que pratica. Dirigir-se à casa do namorado ou de qualquer pessoa, para tomá-la à força, não deixa de ser uma atitude extrema. Ela escolheu perturbar o ambiente da família e colocar seu futuro em risco, uma vez que se envolvia com “criminosos”.

Então, caro Popó, deixe que a vida coloque cada coisa no seu lugar e desenhe o caminho de morbidades que sua sobrinha escolheu seguir. Delicie-se com suas conquistas. Nocaute, só no ringue.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Pleito de 2010 começa a ganhar forma


Faltam pouco mais de 14 meses para as eleições de 2010, mas o cenário político baiano começa a ser desenhado. Digo isso porque muito do que despontará após a convenção dos partidos, ano que vem, já pode ser vislumbrado hoje. Ora, a tentativa de reeleição de Jaques Wagner é mais do que certa. Com um governo de meias medidas até então, o petista mantém a desfaçatez que o elegeu surpreendentemente contra Paulo Souto, e de quebra, vai se recostar na popularidade e simpatia do nosso presidente. Mais uma vez.

Por outro lado, um concorrente muito forte começa a se apresentar como grande ameaça no pleito de 2010. O peemedebista Geddel Vieira Lima, braço direito, perna, mão e tudo mais que se tem de direito, do prefeito João Henrique, demonstra que vem com tudo para tentar surpreender e fazer história na atual conjuntura política do estado. Com forte influência no Congresso Nacional, após sucessivos mandatos como deputado estadual e federal, e agora como Ministro da Integração, Geddel demonstra que possui norral suficiente para tomar a poltrona do então governador Jaques Wagner.

Correndo por fora, penso que o DEM não chegará com força nas próximas eleições. De certo, creio que nem há um nome com representatividade para defender a bandeira do partido, nem tampouco o próprio partido conseguiu manter o poderio estratégico do antigo PFL, capitaneado pelo já falecido, mas não menos influente, Antônio Carlos Magalhães.

Existe ainda o PSDB, do ex-prefeito Antônio Imbassahy. Com boa arrancada nas últimas eleições para prefeitura de Salvador, caiu em desgraça no meado da campanha, quando seus adversários resolveram evidenciar que muito pouco foi feito nos seus oito anos de mandato. Ora, o cara teve quase uma década para resolver, porque dar-lhe uma nova chance? Tudo bem, quem sabe um dia, pensou os eleitores. Mas não agora. Esse parece está bem desgastado para tentar a sorte novamente. Deve esperar mais um pouco.

Independente do que se configura como certo para as eleições do ano que vem, o mais importante é que o eleitorado baiano mantenha a curva ascendente de percepção dos fatos. Vencemos uma hegemonia que perdurava há mais de quarenta anos e a expectativa é de que a população entenda o seu papel reacionário, numa democracia onde o coronelismo cravou suas amarras. Nem mesmo nosso aeroporto escapou. Até 2010.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Insatisfação geral na polícia científica baiana


Os peritos criminalistas do estado da Bahia reclamam da negligência do poder público, no que tange a valorização de suas atividades. A falta de pessoal, excesso de trabalho, remuneração inadequada e equipamentos obsoletos, são as principais queixas. O resultado é a desmotivação da categoria e um sério comprometimento da qualidade dos serviços prestados à sociedade.

O trabalho do perito criminalista dá um suporte inestimável às polícias civil e militar, devendo, por essa razão, ser mais valorizado. A partir da análise científica, é possível fornecer a prova cabal, aquela que municia a justiça com informações indispensáveis para a elucidação das ocorrências. Hoje, além do que já foi citado, faltam veículos para o armazenamento dos cadáveres, suporte tecnológico, cursos de aperfeiçoamento e etc.

Os peritos criminalistas são profissionais de extrema relevância social. Elucidam tragédias diversas, como desmoronamentos, incêndios, explosões, arrombamentos, acidentes de trânsito, etc. Para que este valioso trabalho seja realizado dentro dos padrões exigidos, faz-se necessário a captação de recursos para o treinamento de novos profissionais, compra de veículos e equipamentos e ajuste do piso salarial.
Apesar do brilhante papel que exercem no cotidiano, o crime parece está cada vez mais sofisticado. Cabe às nossas autoridades impedir que a criminalidade avance ainda mais e se sobreponha à atuação da polícia científica.

sábado, 1 de agosto de 2009

Eles vão ter que nos engolir


O Supremo Tribunal Federal decidiu pela cassação do diploma de Jornalismo. Muito foi discutido sobre a legitimidade e o papel da profissão, numa estrutura de comunicação onde os Faustões e Ana Marias emitem, sorrateiramente, opinião para milhões de telespectadores.

O relator da matéria, Gilmar Mendes, e os ministros (ministros uma ova – bandidos de colarinho branco) Carmen Lúcia, Ricardo Lewandowski, Eros Grau, Carlos Ayres Britto, Cezar Peluzo, Ellen Gracie e Celso Melo, votaram pelo fim da exigência do certificado. Nós, estudantes e profissionais de Jornalismo, temos a obrigação de gravar bem esses nomes.

A decisão descarta a necessidade de se aprender as inúmeras técnicas de entrevista, edição de textos e o que deve ou não ganhar notoriedade nos veículos de comunicação. A exigência do nível superior mantém a credibilidade da profissão e garante segurança jurídica a todo e qualquer indivíduo que se sentir lesado por uma publicação do ramo.

Vergonhosa a decisão do Supremo, mas nós, que amamos o Jornalismo, vamos lutar por nossa dignidade e pelo exercício de valores éticos, melhor absorvidos nas salas de aula. E, claro, numa questão de HONRA, nos diferenciar dos oportunistas não-diplomados espalhados por aí.

TODOS PELO JORNALISMO SÉRIO E FACTUAL!

quarta-feira, 10 de junho de 2009

A quebra da GM


A General Motors (GM) finalmente oficializou o pedido de concordata. Um dos maiores símbolos do capitalismo americano quebrou e vai receber um aporte financeiro vultoso do governo dos EUA. Com a estatização, espera-se reduzir, ainda que em longo prazo, os prejuízos acumulados há décadas e promover a remodelação das estratégias de mercado.

A montadora pecou durante muito tempo ao fabricar veículos pouco atraentes e fora da realidade de seus consumidores. As caminhonetes beberronas de combustível, outrora fabricadas em larga escala, devem ceder espaço para veículos mais compactos, econômicos e ecológicos.

A General Motors acumula dívidas com diversos credores, além de outras pendências financeiras, relacionadas aos planos de saúde e aposentadoria dos seus empregados. Hoje, já no plano de reestruturação, o fechamento das inúmeras fábricas e a conseqüente demissão de mais trabalhadores, é praticamente inevitável.

Contudo, os fortes abalos sofridos pela matriz americana não chegaram a atingir a “filial” brasileira, como se imaginava. O volume de vendas no Brasil manteve-se no patamar esperado, apesar dos mais pessimistas acreditarem numa leve retração.

O soerguimento da GM garantirá a manutenção de milhares de empregos diretos e indiretos em diversas regiões do planeta. E pode servir também como o marco da recuperação de um gigante do setor automobilístico, esfacelado, ao longo dos anos, por sucessivos erros de planejamento.

terça-feira, 9 de junho de 2009

A força que derrubou o air bus


O acidente com o vôo 447 da Air France vitimou 228 pessoas e comprova, de uma forma ou de outra, que não fomos feitos para voar.

Deixando de lado as explicações técnicas sobre o que provocou a queda da aeronave, prefiro analisar o seguinte: o conjunto de fatores que teria levado as pessoas a viajar naquele mesmo dia e horário, qual compromisso inadiável as aguardava, porque viajaram com esposas e filhos - quando poderiam ter partido sozinhas -, porque algumas tiveram a oportunidade de desmarcar a viagem e não o fizeram.

Eventos que, conjuntamente, conduziram aquelas pessoas a fazer parte da mesma tragédia, nunca poderão ser explicados e, menos ainda, justificados. A verdade é que todas elas sintonizavam a mesma freqüência de pensamentos, refletindo em situações que as uniu, através da família, do trabalho, dos inúmeros sonhos e projetos, para uma dolorosa “cilada” da vida.

Os mecanismos de atração do pensamento, sustentados pela energia que permeia o universo, nos faz analisar o poder do livre arbítrio e o reflexo de nossas escolhas na obtenção de bons ou maus resultados.

A esperança é de que a humanidade possa multiplicar uma nova freqüência vibratória que ampare os corações dos familiares das vítimas. A força da natureza se sobrepôs à tecnologia dos equipamentos de segurança que poderiam ter evitado o acidente. Simplificando: 228 pessoas submissas à vontade de uma “força maior”. Descansem em paz!!!

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Nos braços do povo


O presidente Lula vive um grande momento no cenário político nacional. Há sete anos no poder, e entrando na reta final do segundo mandato, goza de uma popularidade nunca vista: 81% dos brasileiros consideram positiva a atual administração.

Tamanha popularidade causa espanto e deixa a oposição sedenta de um deslize, por menor que seja, para esfriar a relação do presidente com o povo. Vale tudo, até mesmo vender a possibilidade (quase impossível) de uma treeleição. O próprio Lula já descartou essa hipótese em diversas oportunidades.

Não é difícil entender a negativa. Apostando numa nova reeleição, muita coisa estaria em jogo, inclusive a excelente imagem do petista com seus eleitores, e, obviamente, com os críticos de plantão. Rejeitando um novo mandato, o atual presidente mantém a credibilidade e transfere seu prestígio para outro candidato do partido.

A aposta do PT, no momento, é Dilma Roussef, que continua crescendo nas pesquisas (de amostragem, com os prováveis candidatos). Esse sim, deve ser o real motivo de preocupação dos oposicionistas. Afinal de contas, o pleito de 2010, tem tudo para ser um dos mais disputados da história.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Uma nação de enfermos


O sistema de saúde pública brasileiro parece se manter em constante estado de agonia. A falta de estrutura dos postos e hospitais disponíveis, aliada ao despreparo e desmotivação da comunidade médica, nos coloca entre os piores, quando o assunto é atendimento básico de saúde.

Superlotação, pacientes esparramados por corredores e macas improvisadas, é uma realidade bastante comum na vida de milhões de brasileiros.

Como fator agravante, o nosso povo está envelhecendo. Faz-se necessário a implementação de políticas para suprir esta nova demanda de pacientes. A obesidade surge como uma das inúmeras doenças crônicas do novo século, atingindo indivíduos adultos, mas especialmente crianças, que se tornarão adultos enfermos e tendem a influenciar gerações futuras, com seus péssimos hábitos alimentares.

O Brasil precisará investir muito mais para manter o padrão atual de atendimento, que já não é dos melhores. Deverá voltar suas atenções para a melhoria da qualidade dos serviços e atrair novas tecnologias em aparelhagem e produção de drogas.

Temos potencial suficiente para investir em tecnologias de ponta, o que nos garante valiosas ferramentas para o enfrentamento de muitos males presentes e futuros. Contudo, o grande problema está relacionado ao péssimo gerenciamento dos recursos destinados à saúde, deixando-nos na expectativa de um dia atender, dignamente, uma população cada dia mais adoecida.

domingo, 31 de maio de 2009

A nova cara do Brasil


Medir a capacidade de superação do Brasil diante a crise financeira internacional, não é tarefa fácil. Mas pode-se dizer que estamos resistindo bem às fortes turbulências externas e nos consolidamos como um dos mais preparados para superar o momento atual.

A manutenção dos investimentos em setores chave, como indústria e tecnologia, tem sido determinante para a onda de otimismo que tomou conta do país. O PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), lançado em 2007, ainda não chegou ao seu ápice (mesmo porque tem diversas ramificações), mas demonstra a capacidade do país em criar, através de recursos próprios, alternativas para a retomada do ciclo de desenvolvimento.

A grande dúvida agora é saber quando a economia mundial voltará a crescer. Dentre os emergentes, somos, sem dúvida alguma, os mais preparados. Porém, nem por isso deixaremos essa condição da noite para o dia. Quanto mais lenta for a recuperação dos mercados desenvolvidos, maiores serão os danos e menor a capacidade de recuperação das nações subdesenvolvidas.

Portanto, é indispensável a adoção de políticas que promovam a melhoria da distribuição de renda, investimentos em infra-estrutura e educação, e a busca de energias alternativas ao petróleo (o que certamente renderá altas cifras no futuro).

Amadurecemos bastante e, neste novo século, temos a oportunidade de despontar como uma das novas lideranças geopolíticas do planeta. O desafio está lançado!

Vamos celebrar a estupidez humana


Um terrível acidente de trânsito, na madrugada do dia 07 de maio, voltou a chocar o país. O deputado estadual Fernando Ribas Carli Filho (foto), dirigia seu Passat importado, quando colidiu, a 190 KM / H, com um veículo que vinha na direção contrária. A tragédia vitimou dois jovens, de 20 e 26 anos, que tiveram morte instantânea.

Registros do DETRAN apontam que o deputado contabilizava 30 multas e dirigia sem autorização, uma vez que sua carteira já havia sido cassada. Por ser parlamentar, Carli Filho goza do direito ao “foro privilegiado”, impedindo-o de ser levado à júri popular.

Por atitudes impensadas, somos influenciados e influenciamos os outros, de maneira mais acentuada ou não. A irresponsabilidade do deputado (leia-se criminoso) destruiu os sonhos de dois jovens, deixando ainda, uma terrível sensação de impunidade e revolta nos seus familiares.

Não se sabe ao certo quantas vidas precisam ser ceifadas para que as leis sejam efetivamente aplicadas nesse país. O trânsito no Brasil mata milhões de indivíduos todos os anos, sem que nada seja feito para mudar esse triste quadro.

domingo, 12 de abril de 2009

Valeu a intenção?


O presidente Barack Obama deu uma declaração na última semana que, apesar de aparentar boas intenções, fez ressurgir o já malfadado autoritarismo americano. Em discurso na cidade de Praga, capital da República Tcheca, o democrata voltou a sonhar com o fim do armamento nuclear.
Não é novidade em nenhuma região do planeta, mesmo naquelas pouco habituadas ao enfrentamento militar, da existência de ogivas nucleares ou de usinas para o enriquecimento de urânio, indispensáveis para a montagem de armas de destruição em massa. Cada nação tem soberania suficiente para resolver ou não sobre a utilização deste tipo de “recurso bélico”, ainda que contrarie acordos internacionais firmados há décadas.
Entretanto, a tecnologia nocivo-nuclear está ao alcance de qualquer país que possua recursos, ou, ainda, que esteja decisivamente disposto a tocar esse tipo de projeto à frente. Independente da intervenção americana ou não!
É mais que louvável a mediação dos EUA nesta campanha contra o armamento nuclear. O problema é que Obama assumiu o poder como uma liderança sadia, aquela desejada por qualquer regime democrático. Um cara inteligente, astuto, mestre em discurso e, acima de tudo, supostamente preocupado em diminuir as desigualdades ao redor do mundo.
A prepotência americana soou como extinta na era Obama. A Coréia do Norte, capitaneada pela imponência doentia do ditador Kim Jong II, vive a desafiar os americanos, supostamente temerosos com o esvaziamento nuclear unilateral, o que poderia resultar no total enfraquecimento do já combalido governo comunista.
Desta forma, o que deve ser analisado é a intenção de Obama. Se de voltar a pressionar soberanias mundo afora ou adotar uma postura de mediação, enquanto maior economia do planeta, de assuntos voltados para o interesse geral. Aguardemos cenas do próximo capítulo!

terça-feira, 7 de abril de 2009

O que está acontecendo com o mundo?


Numa realidade de mundo onde as desigualdades sociais são mais que alarmantes e milhões de indivíduos sobrevivem abaixo da linha da pobreza, contrastando com um sem número de “palácios e castelos medievais”, discutir as posturas morais e a validade dos direitos humanos, por exemplo, é uma reflexão “teórica” muito pouco instigante.

Estamos perpetuando as determinações e a voracidade do capitalismo e ensinando aos nossos filhos que é indispensável vencer, a qualquer custo, ainda que isso comprometa uma série de valores norteados no seio familiar.

Aprendemos a ignorar a miséria alheia e justificamos a fome com o mais novo e absurdo embate mundial: a guerra pela comida (???). Muito difícil de entender.

Acredito que o maior desafio do futuro é passarmos a questionar a realidade atual e os efeitos nefastos de se ignorar o sentimento de coletividade. Não dá mais para discutir o aquecimento global e a pobreza (moral e material) dos povos, com a esperteza e o “amadorismo” que predominam hoje.

sábado, 21 de março de 2009

Todos contra a dengue


A Organização Mundial da Saúde estima que entre 50 e 100 milhões de pessoas em todo o mundo, exceto na Europa, sejam infectadas pelo mosquito Aedes Aegypti, transmissor do vírus da dengue. As condições ambientais normalmente são apontadas como vilãs no processo de proliferação da doença.

Aqui no Brasil, seguindo essa tendência, o inseto assusta a sociedade, toma conta dos noticiários e, ainda por cima, deixa o sistema de saúde pública à beira de um colapso. A cada dia que passa, o número de atendimentos aumenta, fazendo com que diversos municípios do país declarassem estado de emergência.

O descaso das autoridades se reflete na ausência de esforços para combater o avanço da epidemia. Sendo o índice de infestação diretamente proporcional à quantidade de mosquitos, eliminar focos favoráveis ao seu desenvolvimento, como água parada em tanques, pneus e calhas, por exemplo, torna-se indispensável. A sociedade também precisa fazer sua parte, uma vez que o trabalho de prevenção deve ocorrer em duas frentes: agentes de saúde x população.

Na Bahia, mais de 15 mil notificações já foram registradas nos primeiros meses do ano. Preocupante, porque o período de chuvas intensas ainda está para começar, aumentando os pontos de alagamento e água parada, uma das condições ideais para a sobrevivência do inseto. Espera-se que as autoridades de saúde conheçam as características de cada estação e preparem a tempo um novo front de batalha.

quinta-feira, 19 de março de 2009

Luto intenso


Gostaria de aproveitar esse espaço para falar sobre o sentimento de tristeza que acometeu a turma de jornalismo da UNIME-PARALELA. Uma de nossas principais representantes, Rosemeire, faleceu na última terça-feira (17). Ela que sempre foi considerada nosso timão-guia dentro do curso, em função de sua inteligência, liderança e espírito de coletividade, certamente descansará em paz no lugar reservado pelo nosso bondoso Pai celestial.

A turma de Jornalismo está vivendo um clima de luto intenso, mas sabemos que a vida continua e que os exemplos deixados por ela devem ser seguidos dia após dia. Agradecemos por todos os ensinamentos e as demonstrações de solidariedade dispensadas por nossa amiga durante esses 3 anos de convivência.

terça-feira, 17 de março de 2009

Portadores de necessidades especiais sofrem com descaso


O acesso de deficientes físicos nas universidades públicas e particulares do país vem crescendo a cada ano, segundo dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP). A partir dos estudos realizados, foi possível observar que o maior crescimento ocorreu nas instituições de ensino superior privadas, contemplando os alunos com deficiência física, auditiva, visual e dislexia.

Com a expansão do número de faculdades particulares em Salvador, surge também a necessidade de observar, em âmbito regional, as condições ofertadas pelas instituições para garantir que os direitos dos portadores de necessidades especiais sejam cumpridos. Instalação de rampas, adaptação dos sanitários e telefones públicos, assim como a implantação de elevadores nas dependências, são um deles.

Estima-se que 90% das universidades e faculdades da capital não dispõe de rampas para o acesso dos deficientes, assim como de sanitários adaptados às suas necessidades, e de cadeiras de roda reservadas para situações de urgência.

Um intenso trabalho de fiscalização precisa ser implementado pelos órgãos competentes. Nos países mais civilizados, chamados de primeiro mundo, as adaptações são realizadas de forma espontânea pelos próprios empresários, e quando isso não ocorre, a máquina pública entra como agente fiscalizador.

O deficiente têm inúmeras potencialidades e precisamos ofertar as condições mínimas para que elas sejam devidamente exploradas e ajudem a alavancar mais essa força de trabalho em nosso país.

Inocência roubada


Crimes ligados à pedofilia vão se intensificando a cada dia e aumenta a responsabilidade daquelas pessoas que podem, mesmo que sigilosamente, denunciar os infratores. Partindo do pressuposto que a maioria desses crimes ocorrem dentro do seio familiar, é indispensável uma atenção especial com comportamentos que possam desmascarar tamanha covardia.

O mais curioso é saber que a pedofilia é tida como uma doença, uma espécie de distúrbio psicológico pela Organização Mundial de Saúde. A Internet é um dos meios mais utilizados nesta modalidade de crime. Rios de dinheiro são movimentados todos os anos, expondo crianças indefesas a abusos que provavelmente deixarão, além das marcas físicas, traumas psicológicos para toda vida.

Os abusos podem ocorrer em todas as classes sociais. Os molestadores costumam atrair os menores com pequenos agrados, como doces, brinquedos e demonstrações de afeto. O mais assustador, no entanto, é vê as vítimas serem acusadas pela provocação do crime. É nesse ponto que encaro o problema como uma espécie de retardo mental, ou excesso de cinismo e dissimulação.

A esperança é de que esses monstros recebam a devida punição por seus atos. Lugar de animal é na jaula, bem distante do convívio social, uma vez que não estão preparados para isso. A sociedade deve cumprir com seu papel de fiscalização através do DISQUE – 100 ou dirigindo-se ao CEDECA (Centro de Defesa da Criança e do Adolescente). Vale ressaltar que a identidade do delator será mantida em sigilo.

sábado, 14 de fevereiro de 2009

A queda do rei


Há poucos dias escrevi um comentário referente ao processo de escravização dos indivíduos aos padrões estéticos atuais. Nesta breve e despretensiosa defesa de ponto de vista, tentei estabelecer um paralelo entre aquilo que realmente somos e aquilo que desejamos ser. Ou melhor, o que a sociedade deseja que sejamos.
Pois bem. Mesmo sabendo que não seria difícil identificar quem poderia encaixar-se nesse perfil, tratei de apontar aquele que sem dúvida alguma seria lembrado em qualquer região do planeta. Muito por seu talento inconfundível e pelo o que ele representou na condição de REI DO POP. Um dos maiores e mais completos artistas de todos os tempos. Sim, uma imagem de Michael Jackson (com visíveis alterações cirúrgicas) foi estampada logo acima do texto que falava de padrão de beleza e do processo de aprisionamento estético ao qual estamos submetidos.

Uma semana depois começou a circular na mídia internacional que MJ contraiu uma doença de pele altamente infecciosa, chamada MRSA (pronuncia-se marsa). Segundo um tablóide americano, o astro teria contraído a bactéria após uma plástica feita no nariz e que a doença já estaria espalhada por todo o corpo.

Mais uma honrosa celebração à estupidez humana. Michael Jackson foi vencido pelo egocentrismo e o incansável desejo de ser melhor do que realmente precisava ser. Criadores e criaturas voltam a ser confundidos como um só, mesmo sem saber quem e o que realmente se ganha com tudo isso.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

A Copa do Mundo é nossa


Muito tem se falado sobre a grande expectativa em torno da Copa do Mundo de 2014, até então programada para acontecer aqui no Brasil. Inspetores da FIFA, entidade máxima do futebol, visitaram as cidades candidatas para sediar partidas do mundial. Doze serão escolhidas e devem está devidamente estruturadas para abrigar delegações de todo o planeta e contribuir para o fortalecimento da economia do país.

Em contrapartida, vale ressaltar que eventos de tamanha grandeza exigem também grandes investimentos para construção de rodovias, hospitais, metrôs, vias de acesso local, adequação de aeroportos, transporte público e o mais importante: segurança. A bola da vez são os projetos iniciais das arenas onde serão disputadas as partidas, em detrimento da não apresentação de propostas inovadoras para melhorar a infra-estrutura do país.

Temos a oportunidade única de atrair investimentos. A Copa do Mundo tem data pré-estabelecida para começar e terminar. Porém, todas as melhorias que o país receber sobreviverão anos a fio após o término do evento. Visão estratégica é de fundamental importância para que sejamos protagonistas da maior festa do futebol, além de traçarmos um novo marco de desenvolvimento para essa nação de dimensões continentais.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Beleza que aprisiona


Com o advento do século XXI o que se vê é uma corrida frenética de indivíduos que visam encaixar-se no padrão de beleza dominante. Corpos esbeltos, grandiosas construções da engenharia, carros luxuosos e maravilhas da arte, são exemplos do misto de ganância e “esteticismo” que predominam e se fortalecem cada vez mais.

O valor intrínseco dos indivíduos, caracterizado pelo seu caráter e composição da personalidade, são facilmente substituídos pela beleza perecível, passageira, aquela que inevitavelmente se desgasta com a ação do tempo.

A busca incessante pela beleza (conectada à estética) aprisiona, sedimenta e torna o homem vítima de si mesmo. O processo atual exclui a maioria, já que poucas pessoas são realmente belas. Daí a necessidade de explorar outras potencialidades, além de usufruir intensamente os melhores momentos da vida, privilegiando o autoconhecimento e a estima sempre elevada.

domingo, 25 de janeiro de 2009

Uma das inúmeras reportagens escritas para o jornal laboratório


Idosos sofrem com violência
Familiares são responsáveis por 60% das agressões
Por Eduardo Cezar
eduardocezar08@yahoo.com.br

A violência contra o idoso se expressa nas mais variadas formas de discriminação, injúria, humilhação e intimidação, sem falar dos abusos sexuais e financeiros. Uma das mais preocupantes, segundo informações da Delegacia de Atendimento ao Idoso (DEATI), são os casos de agressão física, erroneamente justificada pelo choque de gerações com filhos e netos e a limitação de espaço dentro dos lares.

A delegada assistente da DEATI, Susy Anne Brandão, afirmou que 60% das ocorrências de agressão ocorrem contra o sexo feminino e são imputadas aos próprios familiares das vítimas. Apesar da carência de políticas públicas consistentes para amparar os idosos, a delegada se mostra bastante otimista. “Ainda falta muito para que todas as leis de amparo à população mais velha sejam implementadas, mas nós temos a melhor legislação do mundo, ela cobre tudo, é uma das mais completas”.

O depoimento do aposentado Romildo Rocha, 68 anos, ilustra um pouco da triste realidade vivida pelos idosos, principalmente dentro do seio familiar. A fragilidade física, decorrente do consumo excessivo de bebida alcoólica, não comprometeu sua lucidez. “Quando tava cheio do goró, meu enteado inventava qualquer coisa pra gente brigar e tomar meu dinheiro. Como ando muito doente, fui agredido várias vezes”, conta.

A coordenadora executiva da Superintendência de Apoio e Defesa aos Direitos do Idoso, um dos núcleos da Secretaria de Justiça do estado da Bahia, Márcia Misi, destacou, que além do disque denúncia, algumas políticas públicas já estão sendo implantadas para conter os maus tratos às pessoas da terceira idade.

Projeto de capacitação - Uma dessas políticas é o ciclo de palestras denominado Capacitação para o Enfrentamento da Violência contra a Pessoa Idosa. O principal objetivo é treinar pessoas que lidam diretamente com indivíduos desse segmento, ou seja, os agentes de saúde, os representantes dos grupos de convivência (Organizações não-governamentais que trabalham na tentativa de evitar o isolamento e exclusão dos idosos) e os responsáveis por asilos em todo estado.

Para denunciar qualquer tipo de violência contra o idoso, basta ligar para o telefone 3235-0000.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Violência urbana


Nos últimos anos temos assistido a um aumento significativo do índice de violência em nossa cidade. A estratificação dos bairros já não serve para delinear onde exatamente as demonstrações públicas de intolerância e desrespeito às leis ocorrem com menor ou maior freqüência; Cajazeiras, Graça, Suburbana ou Campo Grande? Pergunta espinhosa já que crimes de toda ordem se repetem nos quatro cantos da capital. A mesma imagem do crioulo armado assaltando uma delicatassen no centro-nobre da cidade, se confunde com a do branco desesperançado comprando drogas no gueto.

Numa cidade onde as desigualdades sociais são mais que alarmantes, a violência surge como complemento no pacotão de descaso público das nossas “autoridades”. O pior é constatar que muito pouco tem sido feito para reverter esse quadro. Investimentos em educação e cultura, ainda que vislumbrando resultados em longo prazo, e a revitalização do sistema prisional, passam despercebidos pelo gabinete do prefeito e de seus pares na Câmara Municipal.

A onda de violência cria uma espécie de trauma coletivo, com duras repercussões na vida da população, além de aumentar a desconfiança nas instituições responsáveis pelo estabelecimento da ordem pública. Pais desacreditados formam indivíduos cada vez mais propensos a andar na contramão da civilidade e dos conceitos universais de cidadania. Assim como um aparato de segurança pública ineficiente alimenta essa perspectiva.

Sendo assim, o momento exige atitude da instituição família, diretamente responsável pela construção do caráter individual, e da polícia armada, que deve cuidar para que os direitos da coletividade estejam blindados contra os instintos selvagens que teimam em nos dominar.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Jornalismo: começando a quebrar paradigmas


O Jornalismo sempre foi o maior objetivo de minha vida. Hoje, engatinhando no curso, começo a perceber mais precisamente a responsabilidade que a profissão exige. Responsabilidade essa que vai muito além dos estúdios de TV e rádio, das reportagens batidas e coberturas tendenciosamente focadas no interesse de determinados grupos.
O futuro jornalista tem um grande desafio pela frente. Lutar por sua “independência moral” e aprender, o mais rápido possível, que a liberdade de imprensa é uma fantasia, uma perigosa armadilha para aprisionar os mais desavisados; ah! E os avisados também.
Claro que não se trata de lutar sozinho contra uma elite bem estruturada e cada dia mais fortalecida pela mediocridade e inocência das pessoas. Mas, de fazer o possível para garantir sua empregabilidade, sem ferir, ao menos, aquilo que ele tem de mais importante: a própria dignidade.

O Estado brasileiro e a crise financeira internacional


A crise financeira vem afetando economias de todo o planeta e pouco a pouco vai mostrando a necessidade (???) de uma maior intervenção estatal na economia, sob pena dos grandes banqueiros provocarem o caos que presenciamos agora. Ficou mais do que provado a incapacidade de gestão, uma jogatina onde todos querem ganhar e especular incessantemente, meio que atirando nos próprios pés. Se fossem responsabilizados em soerguer, por si só, a estrutura que destruíram, ao menos a sensação de justiça e transparência ficaria no ar.
O problema é que o socorro parte dos governos, já que grandes crises afetam a economia produtiva, empacam o crescimento, geram desconfiança, enfim, colocam em xeque as possibilidades de investimento, especialmente em nações emergentes como a nossa.

Graças a solidez da nossa economia, sustentada pelos constantes recordes de exportação, nos mantemos num patamar ligeiramente confortável, apesar de não sabermos ao certo quanto tempo vai durar a crise e seus reflexos em nosso cotidiano.

A maré dos estatizistas está em alta, mas não dá para mensurar o grau de acertabilidade e a competência do Estado em reorganizar estragos provocados por uma crise interna do mercado brasileiro. É flagrante a ineficácia da máquina pública na geração de emprego e renda, com a saúde, educação, lazer, segurança, enfim, tão ausente e irresponsável quanto os administradores do mercado financeiro.

A questão é: o Estado meter o bedelho na economia realmente seria a melhor saída? No caso do Brasil, experiências passadas e presentes mostram que não, pelo menos no que tange a defesa dos interesses públicos. O melhor então é torcer para que ele continue no seu cantinho, devagar e sempre (como sempre!!!), enfim, no já consagrado jeitinho brasileiro.

O ano novo e a renovação da consciência ecológica.


O ano novo começa e traz consigo novas esperanças. Esperanças de mudanças, renovações, novos ideais, objetivos, um novo posicionamento do homem enquanto agente responsável pelas alterações que ocorrem no planeta.
Com o aumento da densidade demográfica, é natural que a exploração ocorra na mesma escala. Contudo, o que realmente pesa é a forma como se dá essa exploração, baseada única e exclusivamente na manutenção das atividades produtivas e econômicas do homem, e nunca, quase nunca, em alternativas que possam de alguma maneira compensar toda essa devastação.
As conseqüências vão desde a perda da biodiversidade e degradação do solo, até as violentas alterações climáticas vivenciadas nas mais variadas regiões do planeta. O furacão Katrina, que vitimou mais de mil pessoas nos EUA, e o tsunami, que lança ondas gigantes sobre a costa, são como retaliações da natureza aos abusos cometidos pela ambição humana.
Aqui no Brasil, temporais caíram sobre Santa Catarina, São Paulo e continua fazendo estragos na região metropolitana de Belo Horizonte.A nova administração da maior nação do planeta, capitaneada pelo democrata Barack Obama, parece reacender as esperanças de que o senso ecológico se sobreponha à fúria capitalista.
O ex-senador prometeu colocar os EUA na luta contra o aquecimento global, mesmo sabendo que, com a economia agonizante, sofrerá pressões de toda ordem se pensar em diminuir a capacidade produtiva do país; seja por imposições de ambientalistas ou mesmo pela necessidade de adotar um posicionamento definitivo em relação ao Protocolo de Kyoto.
O mundo espera muito de Obama, mas faz-se necessário uma conscientização coletiva para tentar diminuir os impactos da ação humana na natureza. No entanto, o maior obstáculo é conseguir chegar numa política climática internacional consistente, unificada e que esteja acima de qualquer interesse particular.