* O valor intrínseco do indivíduo, composto pelo seu caráter e personalidade é facilmente substituído pela beleza perecível, passageira, aquela que inevitavelmente se desgasta com a ação do tempo.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Lá se vai mais um: Orlando Silva renuncia ao cargo

A reza não foi suficiente
Na tarde desta quarta-feira, 25 de outubro, mais um ministro do governo Dilma Roussef renunciou ao cargo. Como já havia relatado em postagem anterior o Ministro dos Esportes, Orlando Silva, não resistiu às denúncias deflagradas pelo ex-militante do PC do B, João Dias, sobre desvios de dinheiro do programa Segundo Tempo. Desde que as primeiras acusações foram detonadas pela revista Veja Silva lutou para manter-se no cargo, mas sofreu o seu maior revés quando o Superior Tribunal Federal decidiu pela abertura de inquérito. Essa foi a gota d’água para a oposição que estrategicamente engrossou o tom do discurso tornando a situação do então ministro insustentável.

Concomitante à abertura do inquérito espera-se que o policial João Dias apresente provas sólidas e concretas que contribua de forma efetiva para a elucidação do caso. Mesmo afirmando que o ex-ministro participava e tinha pleno conhecimento do esquema Dias não conseguiu, por intermédio de comprovações materiais e irrevogáveis, determinar o seu envolvimento. Dito pelo não dito poderemos ter mais um escândalo de corrupção que terminará em pizza.

A questão agora é saber até que ponto a renúncia de Orlando Silva afetará o gerenciamento das tratativas sobre a Copa 2014, já que ele próprio era o principal porta-voz do governo para mediar esses assuntos com a FIFA. Vale ressaltar também que os atrasos são eminentes em todas as cidades-sede, em maior ou menor proporção, e que uma transição como esta pode comprometer ainda mais o planejamento.

É vergonhoso para o nosso país o histórico de falcatruas que se sucedem sem que nada seja feito para mudar esse triste quadro. A reforma política nunca deixou de ser uma pauta importante, mas sequer é discutida seriamente pelos políticos que transitam soberbamente pelo Congresso Nacional. Fazem isso porque carregam no antro dos seus cargos uma marca forte e indelével: o voto de confiança dado pela população, esses mesmos eleitores que hoje clamam por justiça insistem em colocar o poder nas mãos de pessoas que são, na mesma medida, desonestas e incapacitadas.

Orlando Silva não foi o primeiro e nem será o último. As investigações ainda estão em fase preliminar, mas com a renúncia, ele se juntou ao seleto time de ministros afastados por suspeita de corrupção. Nessa ordem: Antônio Palocci, da Casa Civil; Alfredo Nascimento, dos Transportes; Vagner Rossi, da Agricultura; e Pedro Novais, do Turismo.

Atenção presidenta Dilma! “Presunção de inocência” para político brasileiro é utopia. Onde há fumaça, há fogo.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Enterro de Kadhafi abre caminho para uma nova batalha

Levante popular triunfa na Líbia

O último capítulo da tirania do ditador Muammar Kadhafi foi assinado hoje. O ex- Chefe de Estado líbio foi capturado e morto na semana passada e enterrado em local secreto em meio ao deserto do seu país. Mesmo com toda a riqueza adquirida de forma sombria ao longo dos 42 anos que ficou no poder informações dão conta de que ele estava escondido numa tubulação de esgoto da sua cidade natal, Sirte.

O líder deposto havia fugido de Trípoli desde que as forças do governo interino assumiram o controle da capital. Na verdade, antes mesmo de tomar o QG do ditador, a revolta civil no país já havia controlado outras cidades menores de forma estratégica até partir para o enfrentamento final. Foram meses de terror com muito derramamento de sangue, bombardeios das forças de coalizão e um balanço de aproximadamente oito mil mortos.

Mesmo com os efeitos colaterais assustadores a população local comemorava a cada avanço dos combatentes. Assim como ocorreu na Tunísia e no Egito, os manifestantes lutaram por um país livre, democrático e que passasse a respeitar as convenções primordiais dos direitos humanos. Algo que passou distante do “modus operandi” de Kadhafi e sua trupe, isso sem falar da corrupção latente em todos os setores do governo.

A morte do tirano pôs fim à parte trágica e mais dolorosa da história dos libaneses. Mas a verdadeira batalha começa agora, a batalha pela reconstrução do país. Apesar da euforia no território líbio e de parte da imprensa internacional é preciso salientar que os processos de transição costumam levar anos, às vezes décadas e não em poucas oportunidades sequer acontecem. Tivemos exemplos claros dessa realidade em uma dezena de países africanos e mais recentemente com o Iraque e o Afeganistão. Saddam Russein e Osama Bin Laden deixaram o poder, mas nem por isso essas nações entraram de forma definitiva na rota do progresso. Aliás, ainda hoje, estão muito distantes disso.

Estamos falando de uma transição brusca; da tirania e do controle ferrenho para um sonho de liberdade e igualdade de direitos para todos os cidadãos. São dois extremos, infinitamente distintos, o que nos leva a crer que a verdadeira batalha ainda está por vir.

A mídia festeja: mais um ministro na berlinda


Orlando Silva - Ministro dos Esportes

A revista Veja publicou uma reportagem denunciando um suposto esquema de corrupção envolvendo a alta cúpula do Ministério dos Esportes na gestão do programa Segundo Tempo. A ponta deste iceberg dá conta de um desvio de 40 milhões de reais dos cofres do referido programa que visa à promoção da prática esportiva em comunidades carentes de todo o país. O alvo principal das denúncias foi o chefe da pasta, o ministro Orlando Silva, que seria um dos mentores e principais beneficiados do esquema.

As acusações partiram do policial militar João Dias, o mesmo que responde a uma série de processos por desvio de dinheiro oriundo de convênios assinados com o próprio ministério e que deveria ser destinado ao programa Segundo Tempo. É importante frisar que Dias foi militante do PC do B, partido atual do ministro. Como já era de se esperar o assunto foi ganhando notoriedade na mídia sem que o acusador leva-se a público as provas das irregularidades que tinha apontado. O programa Fantástico, por exemplo, destinou longos e intermináveis minutos para propagar a denúncia e incutir no imaginário do povo brasileiro a existência de mais um escândalo protagonizado pelo governo do PT.

Foi aí que no dia de hoje, 24 de outubro, tomei nota que o policial finalmente depôs na Polícia Federal desmentindo quase tudo que tinha falado e praticamente isentou o ministro de envolvimento direto nas maracutaias do programa.

As investigações ainda não terminaram, pelo contrário, estão apenas no começo. Mas gostaria de externar a minha indignação com esta imprensa tupiniquim e retrógrada que finge pairar acima do bem e da verdade, sem que passe de um conglomerado todo poderoso e sedento em defender os seus interesses sombrios a qualquer custo. Somente no Brasil o acusado tem de se desdobrar para justificar sua inocência, ainda que o denunciante tenha sequer apresentado comprovações daquilo que disse. No final temos esse tremendo papelão que foi o depoimento do não menos suspeito e nada idôneo policial militar recuando frente à repercussão do caso. Enquanto todos pregavam um caça às bruxas e a conseqüente demissão de Orlando Silva, Dilma fez uma rápida reunião para confirmar a sua manutenção no cargo até que tudo seja apurado.

Como brasileiro estou cansado de tantos factóides e das tentativas frustradas da revista Veja e da Rede Globo de Televisão em arranhar a imagem do governo a qualquer custo. Não tenho procuração alguma para defender a trupe de políticos que comanda o nosso país e tampouco sou adepto de ideologias partidárias. Aliás, lembro perfeitamente que quatro ministros deste mesmo governo foram afastados por envolvimento em falcatruas; trocando em miúdos: de santinhos com rabo e tridente o inferno e o Congresso Nacional estão cheios.

Só não me venham com “fabricação de notícias”, pois prefiro aguardar cenas do próximo capítulo.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Dinamarca elimina Portugal na apuração para a Euro 2012


Confira os gols deste jogo

Numa partida eletrizante no Parken Stadium, em Copenhagen, a Dinamarca venceu Portugal pelo placar de 2 x 1 e garantiu vaga na Eurocopa 2012. A equipe da casa, campeã européia em 1992, superou os portugueses com um futebol taticamente disciplinado e jogadas de contra-ataque insinuantes que resultou, inclusive, no segundo gol marcado por Nicklas Bendtner.



Pré-jogo – Nos dias que antecederam a partida, muito se falou sobre o favoritismo de Portugal devido à qualidade técnica de seus jogadores, especialmente do craque Cristiano Ronaldo e do avançado Nani. A seleção portuguesa vinha de cinco triunfos consecutivos na fase classificatória da Euro e contava com a inspiração e autoconfiança do seu treinador Paulo Bento. O comandante, aliás, abusou da modéstia ao afirmar que venceria a Dinamarca, mantendo o padrão de jogo implementado por ele na seqüência histórica de triunfos.


O problema é que os jogadores dinamarqueses demonstraram uma disposição tática invejável a qualquer grande equipe do futebol mundial e tiveram apoio maciço da torcida. Jogaram com inteligência, frieza e souberam matar a partida no momento certo. De quebra, igualaram o feito de dois anos atrás, quando também fizeram os portugueses disputar a repescagem para a Copa do Mundo 2010.

                 

Portugueses saem cabisbaixos ao final da partida                       Cristiano Ronaldo: muita "marra" e pouco futebol


Em tempo de compensação vale destacar o belíssimo gol de falta marcado por Cristiano Ronaldo (confira no vídeo), o R7 do futebol mundial. No mais, festa em Copenhagen e felicidade para um torcedor brasileiro que vibrou com a envolvente exibição dos nórdicos.


Demais classificados      Além da Dinamarca garantiram vaga na segunda fase da Euro 2012 a Alemanha, Itália, Espanha, Holanda, Inglaterra, França, Rússia, Grécia  e Suécia, restando agora mais 4 vagas a serem preenchidas após a disputa da respecagem. Polônia e Ucrânia qualificaram-se automaticamente por serem os países que sediarão o evento.