* O valor intrínseco do indivíduo, composto pelo seu caráter e personalidade é facilmente substituído pela beleza perecível, passageira, aquela que inevitavelmente se desgasta com a ação do tempo.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Vamos esperar até quando?




Desde que foi feito o anúncio da viabilização de um veículo de transporte de massa eficiente, os soteropolitanos vivem a expectativa de vê-lo operando. O histórico de sofrimento nas estações de transbordo e pontos de parada espalhados pela cidade seria amenizado, uma vez que o metrô é uma ótima alternativa para escapar do trânsito caótico da capital baiana.

O problema é que alcançamos a incrível marca de 10 anos após o início das obras e os vagões seguem inertes no estaleiro. Muitas promessas foram feitas nesse período, mas nada que efetivamente garantisse a conclusão das obras. Dezenas de colunas de concreto foram erguidas, parte da estrutura por onde correm os trilhos estão instaladas, as estações de transbordo, restando apenas detalhes, também perecem com a ação do desgaste provocado pelo tempo.

Há pouco mais de uma semana os vagões começaram a ser transportados para as estações, onde deverão ficar por mais algum tempo expostos às condições de sol, chuva e neblina. A completa depreciação de um bem público, bancado com recursos públicos e que, espero eu, não seja novamente utilizado no repertório dos atuais candidatos.

Até as eleições, esse metrô precisa estar em franca operação. Quem viver verá? Faça sua aposta!

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Eleições




Com a aproximação das eleições começa a se desenhar um quadro altamente favorável à candidata petista Dilma Roussef. A diferença de 20 pontos percentuais para o segundo colocado, o tucano José Serra, dá mostras de que a corrida presidencial pode ser decidida ainda no primeiro turno. O bom retrospecto deve-se ao pleno e total apoio de um dos cabos eleitorais mais significativos da história: Luis Inácio Lula da Silva.

A campanha de Dilma vem à reboque da gestão capitaneada pelo presidente mais popular da recente democracia brasileira. Como já era de se esperar, o marketing da campanha petista vem explorando inteligentemente o potencial para a captação de votos que a imagem de Lula tem gerado. No mais, os marketeiros procuram desnudar a trajetória política da candidata, conferindo o lado “forte” de uma autêntica mulher brasileira que lutou contra a ditadura militar e que tem competência de sobra para tornar-se a futura presidenta do Brasil. A fórmula, até então, tem dado certo.

Do outro lado é só desespero. Nem mesmo as boas gestões de José Serra enquanto governador de São Paulo e Ministro da Saúde do governo FHC tem sido capaz de alavancar a campanha dos direitistas. O PSDB se viu em meio a um grande dilema: atacar as deficiências poderia provocar uma espécie de tiro nos pés. Já ficou provado que nadar de encontro a atual maré (do presidente Lula) além de não render votos, traz à tona o fantasma da rejeição. Tudo o que o tucano menos precisa a essa altura do campeonato. Digo, da eleição.

De resto, penso que a campanha de Marina Silva navega de bom grado nas águas de quem realmente entrou na disputa para ser coadjuvante. Ao menos que uma grande virada mude essa perspectiva. Digo isso porque acho que dificilmente ela chegaria sequer no segundo turno. Vencer então...

A expectativa (pelo menos a minha) é de que a população se conscientize de uma vez por todas da importância do seu voto. Muitos irão dizer que a corrupção emana em todas as esferas partidárias e que de pouco importa optar por esse ou aquele candidato. Faz sentido, mas não encerra aí. Muitos dos políticos que hoje pleiteiam uma vaga já tiveram sua trajetória política manchada por falcatruas e os eleitores precisam estar atentos a isso. É meio caminho andado. Vamos direcionar nossos votos então para candidatos “ficha limpa” e torcer para que eles não cedam aos desejos ilícitos que a obtenção do poder propicia.