A Organização Mundial da Saúde estima que entre 50 e 100 milhões de pessoas em todo o mundo, exceto na Europa, sejam infectadas pelo mosquito Aedes Aegypti, transmissor do vírus da dengue. As condições ambientais normalmente são apontadas como vilãs no processo de proliferação da doença.
Aqui no Brasil, seguindo essa tendência, o inseto assusta a sociedade, toma conta dos noticiários e, ainda por cima, deixa o sistema de saúde pública à beira de um colapso. A cada dia que passa, o número de atendimentos aumenta, fazendo com que diversos municípios do país declarassem estado de emergência.
O descaso das autoridades se reflete na ausência de esforços para combater o avanço da epidemia. Sendo o índice de infestação diretamente proporcional à quantidade de mosquitos, eliminar focos favoráveis ao seu desenvolvimento, como água parada em tanques, pneus e calhas, por exemplo, torna-se indispensável. A sociedade também precisa fazer sua parte, uma vez que o trabalho de prevenção deve ocorrer em duas frentes: agentes de saúde x população.
Na Bahia, mais de 15 mil notificações já foram registradas nos primeiros meses do ano. Preocupante, porque o período de chuvas intensas ainda está para começar, aumentando os pontos de alagamento e água parada, uma das condições ideais para a sobrevivência do inseto. Espera-se que as autoridades de saúde conheçam as características de cada estação e preparem a tempo um novo front de batalha.