O presidente Barack Obama deu uma declaração na última semana que, apesar de aparentar boas intenções, fez ressurgir o já malfadado autoritarismo americano. Em discurso na cidade de Praga, capital da República Tcheca, o democrata voltou a sonhar com o fim do armamento nuclear.
Não é novidade em nenhuma região do planeta, mesmo naquelas pouco habituadas ao enfrentamento militar, da existência de ogivas nucleares ou de usinas para o enriquecimento de urânio, indispensáveis para a montagem de armas de destruição em massa. Cada nação tem soberania suficiente para resolver ou não sobre a utilização deste tipo de “recurso bélico”, ainda que contrarie acordos internacionais firmados há décadas.
Entretanto, a tecnologia nocivo-nuclear está ao alcance de qualquer país que possua recursos, ou, ainda, que esteja decisivamente disposto a tocar esse tipo de projeto à frente. Independente da intervenção americana ou não!
É mais que louvável a mediação dos EUA nesta campanha contra o armamento nuclear. O problema é que Obama assumiu o poder como uma liderança sadia, aquela desejada por qualquer regime democrático. Um cara inteligente, astuto, mestre em discurso e, acima de tudo, supostamente preocupado em diminuir as desigualdades ao redor do mundo.
A prepotência americana soou como extinta na era Obama. A Coréia do Norte, capitaneada pela imponência doentia do ditador Kim Jong II, vive a desafiar os americanos, supostamente temerosos com o esvaziamento nuclear unilateral, o que poderia resultar no total enfraquecimento do já combalido governo comunista.
Desta forma, o que deve ser analisado é a intenção de Obama. Se de voltar a pressionar soberanias mundo afora ou adotar uma postura de mediação, enquanto maior economia do planeta, de assuntos voltados para o interesse geral. Aguardemos cenas do próximo capítulo!