* O valor intrínseco do indivíduo, composto pelo seu caráter e personalidade é facilmente substituído pela beleza perecível, passageira, aquela que inevitavelmente se desgasta com a ação do tempo.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Mais uma farsa tucana - II

Neste vídeo, o PSDB e José Serra mostram o lado mais sujo de se fazer política. Utilizam a internet para promover o terrorismo eleitoral e registrar mais uma manobra desesperada para vencer o pleito.

 

domingo, 24 de outubro de 2010

Mais uma farsa tucana

Na semana passada, o SBT "desconstruiu" a farsa fabricada pela coordenação de campanha do tucano José Serra, por uma suposta agressão capiteanada por militantes petistas durante uma caminhada em Campo Grande, no Rio de Janeiro. Serra teria sido atingido violentamente por um objeto, o que justificaria o fato dele ter levado as mãos à cabeça e tenha se submetido a exames para verificação de um suposto trauma craniano. O problema é que as imagens do cinegrafista do SBT mostram claramente que o objeto que atingiu Serra não passava de uma bolinha de papel.  Logo mais, à noite, o Jornal Nacional, da toda poderosa Rede Glogo de Televisão, tentou provar que ele teria sido atingido também por um rolo de fita, sendo esse o verdadeiro motivo para os supostos exames. José Antônio Meira da Rocha, professor de Jornalismo Gráfico da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), analisou as imagens do JN quadro a quadro e chegou às seguintes conclusões: ) o suposto rolo de fita crepe, ou durex, não aparece em nenhum dos quadros anteriores ou posteriores ao momento em que se “choca” com a cabeça de Serra. Teria surgido do nada; b) um truque elementar na manipulação de vídeos (um artifact de compressão) é suficiente para gerar imagem idêntica à exibida no Jornal Nacional.

E olha que estamos falando do jornal de maior "credibilidade" e audiência da televisão brasileira. Uma vergonha... vamos às imagens:













Alguém conseguiu visualizar o tal rolo de fita???

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

E os tucanos apelam novamente





Na reta final de campanha deste primeiro turno o que se viu foi uma onda de boatos incidindo sobre a candidata petista Dilma Roussef, fato esse que contrariou drasticamente os indicadores que antecediam a contagem dos votos. Por meio de panfletos, acusações verbais e informações virulentas na internet a coordenação da campanha do tucano José Serra conseguiu tirar votos de Dilma, conduzindo a disputa para o segundo turno. Com a notável queda de rendimento apontada pelos institutos de pesquisa, a candidata petista demonstrava insegurança para lidar com os torpedos que surgiam de todos os lados, especialmente nos debates que antecederam o 03 de outubro. Uma postura nervosa, fala trêmula e a flagrante falta de argumento (no que tange às acusações acerca da legalização do aborto e até sobre sua religiosidade) foram cruciais para a derrocada e a surpreendente migração de votos para a candidata Marina Silva.

Difícil entender como um partido governista pôde permitir a proliferação de toda essa boataria sem pensar ao menos numa estratégia de defesa. Ora, o tucano José Serra compactuava da mesma opinião de Dilma quando foi Ministro da Saúde. Naquela ocasião, chegou a afirmar que o aborto era uma questão de cunho social e que deveria receber atenção especial das políticas de saúde pública. Não se trata de criminalização ou legalização. Vai muito além disso. Ou será que os cidadãos acham correto negar atendimento a uma mulher que dá entrada na emergência para corrigir um procedimento abortivo? Bastava colocar tal fato em evidência, mostrar o outro lado da discussão. E o que dizer sobre as afirmações de uma ex-aluna de Mônica Serra, que chegou a classificar a petista como “assassina de criancinhas”, afirmando que ela mesma já havia lhe confidenciado uma experiência abortiva? Falso moralismo não?

Somado a isso, tivemos ainda o “episódio Erenice Guerra”. Curioso como essas BOMBAS só explodem em períodos eleitorais. Todo mundo se beneficia, mas se necessário e conveniente for, o que antes era tido como prática costumeira em todas as esferas passa a se chamar de tráfico de influência e espionagem.

Outro fator preponderante para a queda de rendimento de Dilma foi a utilização de determinados setores das igrejas católicas e evangélicas para manipular a opinião dos milhares de “fiéis” espalhados por todo o país. Só que nesse ponto prefiro registrar uma estatística da Pesquisa Nacional do Aborto, feita pela Universidade de Brasília, apontando que a maioria dos abortos foi feito por católicas, seguidas de protestantes e evangélicas, e, finalmente, de mulheres de outras religiões ou sem religião.

Pra frente Brasil! O segundo turno é logo ali.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Começa uma nova disputa




O primeiro turno das eleições 2010 já é passado e o que resta aos candidatos agora é a preparação para uma nova maratona, só que desta feita decisiva. A corrida presidencial voltou a mostrar que os institutos de pesquisa não detém o poder da verdade absoluta. Os números apresentados costumam divergir (e muito!) do resultado auferido ao término da contagem dos votos. Mais uma vez, fomos surpreendidos com o desempenho final de uma candidata que parecia ter entrado na disputa como mera figurante. No entanto, Marina Silva mostrou que um bom trabalho de assessoria, aliado a aproximação com o público jovem pode fazer toda a diferença. A candidata obteve 20 pontos percentuais dos votos válidos, sendo determinante para a efetivação do segundo turno. Algo que José Serra, sozinho, jamais conseguiria.



O PT, por sua vez, junta os cacos para entrar definitivamente na disputa. A alta cúpula do partido e os milhares de militantes espalhados pelo país surfavam na onda do já ganhou e terão de traçar uma estratégia forte o suficiente para conter o que pode significar uma arrancada do PSDB nesta reta final de campanha. Nem mesmo os apelos do presidente mais popular da nossa história foram capazes de definir o pleito ainda no primeiro turno.



Do lado tucano, é só festa (apesar de não terem ganho nada ainda). Assim como o PT acreditava que venceria já neste 03 de outubro, José Serra e os líderes da campanha seguiam descrentes diante do favoritismo de Dilma e da onda verde que tomou conta do país. E foi justamente essa onda verde que afogou o ímpeto petista e trouxe pela primeira vez a possibilidade real de virada, especialmente se os votos obtidos por Marina migrarem para o lado direito da disputa. Aí sim o projeto de manutenção do atual governo poderá ter sérios problemas.


 
De certo, não deixo de pensar que a candidatura de Serra entra com mais força neste segundo turno. Como uma verdadeira ave fênix ressurgiu das cinzas e vem com o otimismo em alta para conquistar o público jovem de Marina e aquela parcela de eleitores que mesmo votando no PT, ainda não absorveram os ideais que nutrem a campanha de Dilma.


Aos tucanos, uma luz no fim do túnel. Para o PT, pés no chão e mais trabalho.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Vamos esperar até quando?




Desde que foi feito o anúncio da viabilização de um veículo de transporte de massa eficiente, os soteropolitanos vivem a expectativa de vê-lo operando. O histórico de sofrimento nas estações de transbordo e pontos de parada espalhados pela cidade seria amenizado, uma vez que o metrô é uma ótima alternativa para escapar do trânsito caótico da capital baiana.

O problema é que alcançamos a incrível marca de 10 anos após o início das obras e os vagões seguem inertes no estaleiro. Muitas promessas foram feitas nesse período, mas nada que efetivamente garantisse a conclusão das obras. Dezenas de colunas de concreto foram erguidas, parte da estrutura por onde correm os trilhos estão instaladas, as estações de transbordo, restando apenas detalhes, também perecem com a ação do desgaste provocado pelo tempo.

Há pouco mais de uma semana os vagões começaram a ser transportados para as estações, onde deverão ficar por mais algum tempo expostos às condições de sol, chuva e neblina. A completa depreciação de um bem público, bancado com recursos públicos e que, espero eu, não seja novamente utilizado no repertório dos atuais candidatos.

Até as eleições, esse metrô precisa estar em franca operação. Quem viver verá? Faça sua aposta!

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Eleições




Com a aproximação das eleições começa a se desenhar um quadro altamente favorável à candidata petista Dilma Roussef. A diferença de 20 pontos percentuais para o segundo colocado, o tucano José Serra, dá mostras de que a corrida presidencial pode ser decidida ainda no primeiro turno. O bom retrospecto deve-se ao pleno e total apoio de um dos cabos eleitorais mais significativos da história: Luis Inácio Lula da Silva.

A campanha de Dilma vem à reboque da gestão capitaneada pelo presidente mais popular da recente democracia brasileira. Como já era de se esperar, o marketing da campanha petista vem explorando inteligentemente o potencial para a captação de votos que a imagem de Lula tem gerado. No mais, os marketeiros procuram desnudar a trajetória política da candidata, conferindo o lado “forte” de uma autêntica mulher brasileira que lutou contra a ditadura militar e que tem competência de sobra para tornar-se a futura presidenta do Brasil. A fórmula, até então, tem dado certo.

Do outro lado é só desespero. Nem mesmo as boas gestões de José Serra enquanto governador de São Paulo e Ministro da Saúde do governo FHC tem sido capaz de alavancar a campanha dos direitistas. O PSDB se viu em meio a um grande dilema: atacar as deficiências poderia provocar uma espécie de tiro nos pés. Já ficou provado que nadar de encontro a atual maré (do presidente Lula) além de não render votos, traz à tona o fantasma da rejeição. Tudo o que o tucano menos precisa a essa altura do campeonato. Digo, da eleição.

De resto, penso que a campanha de Marina Silva navega de bom grado nas águas de quem realmente entrou na disputa para ser coadjuvante. Ao menos que uma grande virada mude essa perspectiva. Digo isso porque acho que dificilmente ela chegaria sequer no segundo turno. Vencer então...

A expectativa (pelo menos a minha) é de que a população se conscientize de uma vez por todas da importância do seu voto. Muitos irão dizer que a corrupção emana em todas as esferas partidárias e que de pouco importa optar por esse ou aquele candidato. Faz sentido, mas não encerra aí. Muitos dos políticos que hoje pleiteiam uma vaga já tiveram sua trajetória política manchada por falcatruas e os eleitores precisam estar atentos a isso. É meio caminho andado. Vamos direcionar nossos votos então para candidatos “ficha limpa” e torcer para que eles não cedam aos desejos ilícitos que a obtenção do poder propicia.

sexta-feira, 26 de março de 2010

Quem paga pelo sensacionalismo II



É fato que as imagens de violência exibidas em programas como o “Se Liga Bocão” e o “Na Mira” extrapolam o fato social em si e passam a ser utilizadas como mecanismo comercial, uma vez que têm audiência garantida e atraem anunciantes. A conquista da hegemonia publicitária está diretamente relacionada ao quantitativo de espectadores que assistem aos programas. De pouco importa a veiculação consciente de conteúdos que possam mostrar a realidade dos fatos, sem ferir a dignidade das pessoas e das localidades onde elas residem. As emissoras estão constantemente empenhadas nos seus interesses comerciais, compondo uma fiel aliança com as camadas excluídas e com a programação grotesca que hipnoticamente elas acompanham.

Mantendo a lógica de captação da audiência, o “Se Liga Bocão” e o “Na Mira” produzem identidades e simpatias através do espetáculo, hierarquizando os temas e selecionando os que deverão ser insistentemente abordados. A regra geral é obedecer aos valores da excepcionalidade, do extraordinário, da dramaticidade e da encenação voltada para a produção de emoções.

Uma frenética troca de papéis coloca policiais na condição de repórteres e vice-versa. Daí utiliza-se do poder de persuasão para garantir uma entrevista forçada ou um gesto qualquer que possa ser transformado em notícia.

Todo esse sucesso se deve a um motivo especial: não há sentido em esconder parte da realidade (afinal de contas, a violência faz parte dela). O problema é que a maneira como toda essa violência é explorada por determinados programas televisivos pode culminar na banalização dos fatos, no stress e na insegurança da população.



sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Quem paga pelo sensacionalismo na TV?




Já faz algum tempo que questiono a atuação sensacionalista de alguns programas televisivos, do tipo tragicomédia, especialmente aqui na Bahia. A audiência estapafúrdia de programas como o “Se Liga Bocão e o Na Mira”, que reproduzem tragédias do cotidiano como assassinatos, mutilações, perseguições policiais, dentre outros, coloca os seus telespectadores como principais responsáveis pelo sucesso.

É fato que as pessoas se interessam por situações que estejam diretamente ligadas ao seu cotidiano. Até mesmo experiências de indivíduos da mesma comunidade, pois colocam em evidência os seus anseios, receios e perspectivas de futuro. Algo como se o seu próximo entrasse como personagem principal de uma história que você, ao menos naquele momento, não teve a oportunidade de contar.

Percebendo isso, os proprietários das emissoras de televisão investem pesado numa programação que consiga despertar o interesse do público e que, por conseguinte, seja comercialmente viável. Ou alguém acredita que programas meramente “interessantes e informativos”, por si só, conseguem pagar o investimento? Obvio que não. Para que haja retorno financeiro, as pessoas precisam garantir e sustentar os chamados picos de audiência. Do contrário, aquele telespectador cativo mudará de canal e a produção será um verdadeiro fiasco.

Analisando friamente a programação de todas as emissoras abertas do nosso país, chego a triste conclusão de que a TV costuma fazer o melhor, a serviço do pior. O que vale realmente são os milhões gastos pelos anunciantes para determinar o interesse do seu público alvo. Qualidade para quê? Interessante mesmo é embolsar altas cifras e prender a atenção das pessoas com boas doses de mistério, sexo, ação, casas vigiadas e violência. O retorno é garantido.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Mais do mesmo




Mesmo com a existência de outras emissoras de TV no estado, muitas delas bem tradicionais, como a TV ITAPOAN, prevalece a supremacia de uma das afiliadas da família Marinho. A REDE BAHIA detém liderança quase que absoluta em todas as faixas de horário, com poucas exceções.

Retransmite boa parte da programação da REDE GLOBO, como o Jornal Nacional, as telenovelas e minisséries, consolidando-se como a emissora preferida dos baianos (segundo o IBOPE).

Ao longo dos anos, protagonizou eventos vexatórios como a cobertura tendenciosa da greve da POLÍCIA MILITAR, a surra tomada pelos estudantes da Universidade Federal da Bahia e outras tantas iniciativas voltadas única e exclusivamente para defender os interesses políticos partidários da emissora.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Tragédia no Haiti




Voluntários do Mundo inteiro estão solidários...



Menina haitiana: um sorriso de esperança


terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Globo x Record: iguais, porém, inimigas


O telespectador brasileiro acostumou-se à soberania indiscutível da Rede Globo de televisão e de suas afiliadas espalhadas pelo país. Mas, em verdade, passamos a observar também os investimentos expressivos da Rede Record que garante ter entrado de vez na disputa pelo primeiro lugar.

Com a “benção” do bispo Edir Macedo, maior liderança da emissora e da Igreja Universal do Reino de Deus (no mínimo uma incoerência), a Record passou a investir pesado em equipamentos, na contratação de profissionais gabaritados (muitos deles oriundos da maior concorrente) e numa fórmula já conhecida por todos: se não podes contra o inimigo, copie-o. É exatamente isso que os comandados de Edir Macedo têm feito. Copiado, literalmente, a programação jornalística, esportiva e humorística da emissora dos “Marinhos”.

Confesso que cheguei a me empolgar com a possibilidade da Rede Globo perder parte do seu poderio. Sim, o slogan era realmente vibrante e bastante otimista: “Record. A caminho da liderança”. Isso até lembrar que ainda existe uma longa estrada a ser percorrida.

A emissora precisará de muito mais para ultrapassar a “gorducha”. Primeiro, porque a marca “Rede Globo”, por si só, já denota soberania. Desgastá-la, requer muita estratégia e uma boa dose da chamada propaganda nociva.

E, falando em nocividade, lembrei-me de articulação política e favorecimento ilícito. Globo e Record também se assemelham nesses aspectos. Pobre telespectador brasileiro!