* O valor intrínseco do indivíduo, composto pelo seu caráter e personalidade é facilmente substituído pela beleza perecível, passageira, aquela que inevitavelmente se desgasta com a ação do tempo.

quinta-feira, 22 de março de 2012



As eleições municipais estão se aproximando, mas ainda não é possível fazer uma avaliação minuciosa do processo já que os partidos que compõe o chamado bloco de oposição (DEM, PSDB E PMDB) ainda não definiram as suas candidaturas. Nos bastidores do cenário político local o nome que circula com mais força é o do radialista Mário Kertész, que estaria finalizando os entendimentos dentro do partido (PMDB) para buscar unanimidade em torno da sua candidatura. A confirmação do ex-prefeito de Salvador e mandatário de um dos conglomerados de mídia mais populares da cidade (rádio, jornal e site da Metrópole) é quase certa, uma vez que mensagens com teor político já estão sendo veiculadas numa espécie de aquecimento para a convenção que confirmará a candidatura de Kertész nas eleições de outubro.

Já entre PSDB e DEM os entendimentos estão longe de acabar. Apesar de os partidos buscarem a chamada candidatura única, os prováveis candidatos brigam pela fatia maior desse bolo. Há quem diga que as legendas buscam unificar dois nomes, sendo que um deles entraria como vice na chapa. E talvez seja esse o principal entrave da negociação. Antônio Imbassahy (PSDB) comandou a cidade por dois mandatos consecutivos e apesar de não ser unanimidade na preferência da população, goza de experiência e prestígio político. Já ACM Neto (DEM), mesmo sendo detentor de votações expressivas para deputado federal, pode representar uma aposta perigosa em se considerando o alto índice de rejeição enfrentado pelo seu avô, na fase derradeira da sua trajetória política, dentro da capital baiana.

A briga anda tão acirrada que os dois candidatos buscam apoio junto às lideranças nacionais do bloco oposicionista. Faltando pouco mais de seis meses para o início da corrida eleitoral, certo mesmo são as candidaturas de Nelson Pelegrino (PT) e a de João Leão (PP) que também terão duras missões pela frente. O petista, depois de sucessivas derrotas, sabe que essa será a última oportunidade de concorrer à prefeitura de Salvador. Insistência na política pode resultar em valiosos e inesperados prêmios, mas o desgaste da legenda na esfera municipal será determinante para a escolha de outro nome daqui a quatro anos. E é notório que Pelegrino sequer consegue unanimidade dentro do próprio partido.

Por sua vez, o candidato João Leão terá missão ainda mais complicada. Precisa reverter o quadro de rejeição absoluta deixado por João Henrique, num esforço quase sobre-humano para apresentar os aspectos positivos da atual gestão. Além disso, deverá buscar a empatia do eleitor soteropolitano em torno do seu nome, que só ganhou notoriedade no malfadado projeto metroviário de Salvador. Quem não se lembra do agora provável candidato João Leão prometendo que colocaria o metrô para rodar até abril deste ano?

Um comentário:

  1. Gente, Pelegrino é brasileiro mesmo; não desiste nunca!

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