* O valor intrínseco do indivíduo, composto pelo seu caráter e personalidade é facilmente substituído pela beleza perecível, passageira, aquela que inevitavelmente se desgasta com a ação do tempo.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

País rico é país alfabetizado - A saga do desemprego





Na atual conjuntura da economia brasileira destaca-se a robustez para superar as inúmeras crises que foram deflagradas ao redor do mundo, especialmente nos Estados Unidos e em grande parte da Europa. Cada vez mais a população adquire o tão desejado poder de compra e alimenta um ciclo de estabilidade que ajuda a reduzir as profundas diferenças de classes que assolam o país. Por outro lado, é importante frisar que a economia não atingiu o patamar ideal porque falta uma peça chave nesse quebra-cabeça: a redução dos índices de desemprego.

É sabido que o Brasil é um dos países mais desiguais do mundo, independente das melhorias significativas dos últimos 10 anos. Avançamos consideravelmente na maioria dos indicadores sociais, mas o travamento provocado pelo desemprego impede que o país venha a consolidar um tempo de prosperidade capitaneado por trabalhadores plenamente ativos, contribuintes e com a qualificação almejada pelos empregadores. 

O problema da qualificação está diretamente relacionado aos padrões de evasão escolar e ao baixo índice de alfabetização. Grande parte das crianças pulam etapas que seriam fundamentais para a formação de adultos economicamente ativos. Nos rincões do país faltam creches, escolas, professores capacitados (porque também não tiveram essa base) e pessimamente remunerados. A junção desses fatores contribui para a manutenção do quadro atual onde se busca a redução do desemprego, mas os cidadãos não possuem a base educacional necessária para a conquista de um espaço no mercado de trabalho. 

Os investimentos em programas de transferência de renda já mostraram que são capazes de fortalecer a economia interna e proteger a nação das crises econômicas de proporções globais que teimam em se repetir nos últimos anos. Mas o Brasil precisa investir na base da cadeia produtiva. Educar os seus cidadãos, investir na formação técnica e nas universidades. Ações isoladas, como o repasse do Bolsa Família, não são suficientes e apenas amenizam o problema. Para entrar definitivamente na rota do progresso econômico-social faz-se necessário inverter a pirâmide dos investimentos. Os adultos precisam do alimento na mesa, mas precisam conquistar esse direito estando devidamente inseridos na cadeia produtiva nacional. Quanto menor for o índice de evasão escolar, maiores serão as chances de redução das taxas alarmantes de desemprego.

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